Como Tudo Começou (1957~1970) O INÍCIO

l957 / 1958 – CHAMADA PARA A OBRA

Ana Maria Avelar

Foi durante a participação em um Congresso de Jovens, na cidade de São José do Patrocínio – MG, com outros jovens da Igreja que Ana Maria Avelar de Carvalho sentiu o chamado para o ministério.

Entre lágrimas, Ana Maria cantou baixinho para o Senhor: Jesus me chama! Eu já ouvi. Sim me chama. Sim me chama! Jesus me chama! Eu repondo: eu quero ir. EIS-ME AQUI. ENVIA-ME A MIM.

De volta, as férias terminadas, retornou às aulas sem compartilhar da sua experiência com ninguém porque iria ouvir: é emoção, entusiasmo de Congresso, vai passar. E ela bem sabia que era um chamado de Deus em sua vida. Agora havia um problema. Toda a família esperava o seu ingresso na Faculdade. Já lecionava e muitas esperanças haviam. O ano findou com uma linda festa de formatura. Seu coração sabia que agora não era mais a Educação, mas Teologia. COMO IRIA PARA O SEMINÁRIO? Seu Pai se opunha. Sua vontade sempre foi obedecida. Quem a sustentaria ali?

O Seu amor. Acreditava que Ele seria fiel: seria seu Amigo e Companheiro diante das dificuldades, a sustentaria em tudo. Devagar começou a preparar sua família. Teria que conseguir a autorização de seu pai, para então fazer tudo o que era preciso para partir.

Orava e cria que Deus moveria o coração e a mente do seu pai. Foi então que ele disse: FAÇA O QUE VOCÊ ACHAR MELHOR – não perdeu tempo e começou a arrumar tudo para a viagem.

1959 / 1961 – SEMINÁRIO PRESBITERIANO DO SUL

Ana Maria foi a primeira jovem da sua Igreja a ingressar no Seminário, o Rev. Saulo Miranda encaminhou-a para Campinas – SP. A igreja também não iria sustentá-la. Mas convicta do chamado do seu Senhor, não temeu enfrentar a cidade grande e nem mesmo o austero Seminário do Sul.

Partiu, deixando o aconchego da sua família, ambiente amigo da Igreja e a cidade que a vira crescer. Todos acreditavam que um internato muito bom a esperava. Só ela sabia a verdade. Mas nada neste mundo a faria recuar. O internato era masculino e ela teria de morar fora. O que não compartilhou com ninguém. Muitas experiências viveu. Nas pensões (apenas dormia e lavava sua roupa). Sozinha, tudo era estranho e difícil. Logo no começo, havia perdido o dinheiro que tinha levado. Cartas não chegavam. Quando veio uma de seu pai, dizendo-lhe que estava pronto a mandar-lhe o dinheiro da passagem de volta, vieram as lágrimas mas também a certeza de que o Deus que a chamou, cuidaria de suas necessidades.

UM POVO A ESPERAVA E ELA TINHA QUE IR. Isso era muito forte dentro dela. Final de 1961 terminava seu curso.

1961 / 1963 – AVIVAMENTO ESPIRITUAL

Terminando o Curso Teológico, voltou à Goiânia assumindo a direção de uma congregação no Setor Universitário, que ficava bem no alto, onde nem luz elétrica havia, DEUS COMEÇOU A ABENÇOAR, as vidas foram chegando, eram pobres, famintos do pão de cada dia e do pão do céu. Ali mesmo cinco anos mais tarde começariam os contatos com os drogados.

1964 – UM CLAMOR COMEÇA

Numa tarde, Ana Maria foi à casa de seus pais, e assistiu atônita a coroação do cantor Roberto Carlos. Nunca se interessou por algo semelhante, mas foi impelida a se assentar e a ver uma multidão de jovens, mais adolescentes, num grande auditório. Começou a ver então como que dois vídeos. enquanto contemplava aquela multidão de jovens ansiosos, O SENHOR COMEÇOU A LHE FALAR da situação da juventude evangélica que ela tão bem conhecia. Enquanto estes se reúnem, ONDE ESTÃO OS JOVENS EVANGÉLICOS? QUEM PODERÁ REUNI-LOS? Seu coração estava sendo quebrantado e as lágrimas corriam pelo seu rosto. Seu coração doía, pois ela bem sabia da sequidão e das dificuldades no meio de nossos jovens.

De repente o animador em alta voz proclamava: “Agora a juventude brasileira possui UM REI!” No mesmo instante o Senhor lhe levava a ver, a entrada de Jesus em Jerusalém. Coroado Rei, para ser morto e crucificado. E crucificado continua sendo na vida de muitos jovens.

Pasmada começou a gritar dentro de si mesma: Mas quem é este que tem influenciado tanto a juventude brasileira? FOI QUANDO UM CLAMOR BROTOU EM SUA ALMA. UM CLAMOR ENCHEU O SEU CORAÇÃO E TODO O SEU SER: “SENHOR, LEVANTA JOVENS QUE CANTEM, TOQUEM E POSSAM COMPOR UMA MÚSICA NOVA, CANÇÃO DO SENHOR PARA ESTE MUNDO TÃO NECESSITADO! MOÇOS E MOÇAS QUE TENHAM A FIBRA DE JESUS PARA INFLUENCIAR E NÃO SEREM INFLUENCIADOS!”

1965 – ATRAVESSANDO O VALE

Atravessando porque em todo tempo o Senhor a fez prosseguir. Com o avivamento o Espírito Santo começava a operar mudando suas vidas, levando-os a uma linguagem mais íntima com o Senhor nas suas orações, no cântico, no trabalho. Mais amor e fervor, mais simplicidade e desejo de santidade.

Ana Maria foi chamada uma ocasião ao Conselho da Igreja e, por causa da sua fé, foi afastada da igreja.

A tristeza quis dominar o seu coração, o abatimento veio sobre ela e não conseguia nem falar. Lembra-se de ter ficado por um tempo em um quartinho de sua casa, assentada no chão, apenas com o Senhor, sem conseguir falar ou levantar, até que o Senhor como que tomou-a pelas mãos e levantou-a para prosseguir.

Pediu ao Pastor da Igreja Presbiteriana de Campinas, Amador Menezes, que a deixasse estar ali, pois tinha saudades da casa do Senhor. As portas se abriram e ali ficou por um tempo. Mais vidas foram alcançadas pelo poder do Espírito de Deus e dali surgiu a Igreja Presbiteriana do Setor Universitário.

Mais tarde, o Rev. Aristeu da Igreja Presbiteriana de Anápolis desejoso de abrir um novo trabalho, convida Ana Maria que com alegria aceita o desafio e em 18 de junho de l965 começa, o que seria mais tarde a Igreja Presbiteriana Bom Pastor.

1966 – UMA CONVERSA NO PORTÃO

Muitas vidas jovens estavam sendo salvas e transformadas. Foi quando começou a sentir saudades dos “Retiros Espirituais” que faziam outrora na Igreja. E um desejo de reunir os jovens evangélicos começou a lhe inquietar, até que numa tarde, após uma visita, conversando com Ebenezer, no portão da casa, lhe propôs: “Vamos reunir nossos jovens para um encontro?” – Vamos orar, respondeu o jovem presidente da Mocidade de Brasília. Aquela conversa foi um começo e de Brasília, Anápolis e Goiânia Deus começa a unir os Jovens.

Os encontros estavam no plano de Deus e iriam começar, nos seus planos.

1967 / Fevereiro – 1º ENCONTRO DA JUVENTUDE EVANGÉLICA BRASIL CENTRAL

Jovens corajosos se dispuseram para o que fosse necessário. Uma circular foi enviada às diversas Igrejas lançando o convite. Seria na Escola Técnica Federal de Goiás, em Goiânia, e o tema: “Estamos preparados para responder ao desafio do mundo e de Deus, nos dias atuais?”

Certos das bênçãos de Deus era o slogan: “Eu os envio ao mundo”. Centenas de jovens lotaram o auditório da Escola alegres e famintos do pão do céu vieram. O Senhor se fez presente. Aleluia! O jovem Jesus Cristo manifestou o Seu poder. Muitos jovens foram acordados para viverem vida abundante e assim responderem aos desafios dos nossos dias. Ana Maria ainda trabalhava em Anápolis.

1968 / Fevereiro – 2º ENCONTRO DA JUVENTUDE EVANGÉLICA DO BRASIL CENTRAL

Deus operou maravilhas na Igreja Bom Pastor em Anápolis. O templo foi construído e estava repleto de vidas salvas. A liderança foi passada a outro pastor. Agora o Senhor trazia Ana Maria de volta à Goiânia. Voltou à trabalhar na mesma congregação do Setor Universitário, de onde havia sido tirada. As vidas iam se convertendo ao Senhor e a obra continuava sob a pressão e a vigilância de alguns irmãos, oficiais da igreja, que não aceitavam a obra do Espírito.

Em fevereiro de 68 convoca os jovens para o 2º ENCONTRO DA JUVENTUDE EVANGÉLICA DO BRASIL CENTRAL, na escola Técnica Federal de Goiás, em Goiânia com o Slogan – “O SENHOR É A NOSSA BANDEIRA”, e desta vez um número maior de pessoas se reúnem, pois Caravanas de Brasília, Anápolis e Goiânia chegavam lotando os alojamentos!

Dias maravilhosos em que o braço do Senhor operou profundamente, onde vidas e mais vidas foram sendo envolvidas pelo amor do Pai e pela liderança sublime do Senhor Jesus.

1968 – UM CHAMADO ESPECÍFICO: LEVA-O PARA TUA CASA.

O trabalho crescia com Ana Maria, dentro da IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL.

Durante um culto, no Templo, ela percebe à sua direita, uma senhora que chorava durante todo o tempo. Não se preocupou pois várias vezes havia presenciado corações sendo quebrantados. Mas, após o 

Irmã Rosely

culto, aquela senhora veio ao seu encontro, ainda com o rosto molhado pelas lágrimas, pedindo: “Por favor vá visitar meu filho que está internado no sanatório, que é dependente das drogas e considerado pela medicina irrecuperável”.

Ana Maria, juntamente com sua prima Laudelina (Rosinha) e Rosely foram ao sanatório e ao chegarem ali, transmitiram a José Berto o amor de Deus, como faziam com outras vidas carentes. Roseli cantou “Quando Jesus estendeu suas mãos para mim”; deixando claro, a mensagem, que JESUS É A ESPERANÇA e ELE poderia tirá-lo daquela situação.

Sr. Adolfo Batista e Sra. Laudelina (Rosinha)Poucos dias depois José Berto foge da clínica e no culto à noite puderam vê-lo indo à frente, chorando e aceitando JESUS como SALVADOR. Ana Maria passa a ajudá-lo nos seus primeiros passos de vida cristã e até então o assunto tóxico era tabu, pois nunca havia ouvido falar sobre o assunto e nem lido alguma coisa sobre drogas muito menos sobre o toxicômano. José Berto para Ana Maria era um novo convertido que precisava de ajuda. Sempre conversavam onde discorriam sobre seus problemas, seus vícios e suas consequências. Não tinha dúvida de que Deus lhe dera graça diante dele, perseverança, condição para ouvir e não ser envolvida.

Logo José Berto começou a trazer Clésius, seu irmão, Nilson e outros drogados para conhecer Ana Maria. Deus os levou a confiar em Ana Maria e a falar-lhes de seus problemas, pois ficavam intrigados com o modo, o interesse com que ela aproximava, falava com eles e a Jose Bertoatenção que lhes dava e com o passar dos dias e a sequência dos contatos, dos diálogos, Deus levou Ana Maria a conhecer quem era o viciado, sua revolta, seu ódio, seu desespero, sua solidão e seu sofrimento. Deus mostrou-lhe o sub-mundo das drogas, onde um povo vivia marginalizado, condenado, solitário e triste. ANA MARIA ENTENDEU A VISÃO QUE CONSTANTEMENTE VIA NO SEMINÁRIO. um povo esperando, de olhos parados e tristes. Continuando seu trabalho normal, foi também conhecendo o modo de viver dos drogados: seus hábitos, costumes, foi percebendo a vivacidade e a malícia deles, foi anotando o significado de todas as gírias mais usadas. Um tempo passou e José Berto foi o mais perseverante. Muitas vezes deixava e voltava ao uso das drogas (erva, bolas, pico, alguns tipos de cheiro).

Um dia foi chamada à sua casa. Ao entrar pode vê-lo deitado no sofá. Notava-se que havia usado muita coisa. Ficou parada à sua frente e a sua conversa era com Deus. Já lhe havia apresentado Jesus e aconselhado tantas vezes! Já havia feito tudo o que podia. Sentiu que os seus recursos haviam acabado, então disse para Deus, em silêncio: “oh! Deus eu não sei mais o que fazer. Eu não tenho mais nada.” Logo em seguida Ele falou ao seu coração: “LEVA O PARA TUA CASA ELE SERÁ COMO DOENTE, E VOCÊ COMO UM MÉDICO.” Entendeu perfeitamente e se dispôs a OBEDECER: Sra. Valcira e Clésius (Mãe e Irmão de José Berto)aproximou-se de J.B. começou a falar: “Você quer mesmo deixar as drogas?” Sim, respondeu-lhe: “Está disposto a tudo para vencer?” Sim, continuou. Ana Maria pegou a beata (um pedaço pequeno do cigarro de erva) nas mãos e disse-lhe: Não vou tomar de você, pode queimar (usar), este será o último na sua vida.

Depois continuou: “Hoje você vai comigo para casa”; ao que ele ficou meio confuso e ela afirmou: “Agora mesmo vamos para casa. Você não estará preso. As portas ficarão abertas, mas você não sairá, estaremos estudando a Palavra de Deus, orando e tendo todo o tempo ocupado. Você estará ali porque quer vencer.”

DEUS ESTAVA AGINDO DENTRO DE UM PROPÓSITO QUE SÓ MAIS TARDE IRIA PERCEBER. ELA APENAS OBEDECIA NO DESEJO SINCERO DE SERVIR AO SENHOR. Assim começou: O AMOR DE DEUS SE MOVENDO PARA RESPONDER AO PEDIDO AFLITO DE UMA MÃE.

Ondina e PauloEra o começo das férias de Julho. Não poderia levar José Berto para sua casa, seu pai não entenderia, e também porque, não era o lugar determinado pelo Senhor. Lembrou-se da casa da sua irmã Ondina e seu esposo Paulo, que com amor e alegria os receberam. Foi o Senhor provendo aquele lar, e posteriormente do Sr. Rozolfo e Sra. Clarice, para abrigar José Berto, Clésius, Nilson e outros que depois vieram. Famílias cedendo o seu próprio lar para o Senhor usar e dar toda orientação e assistência possível.

Pensou-se num programa para ocupar todo o tempo de José Berto e todos que ali chegavam.

E orientou o SENHOR a levar José Berto a conhecer melhor o calvário e a meditar na palavra e a buscar o poder, revestimento e dependência do espírito santo (batismo e vida com o Espírito Santo).

Passo a passo o Senhor, ia ensinando, orientando em tudo o que precisavam. Era tudo muito novo para nós, não sabíamos de livros sobre o assunto e nem de alguém com quem pudéssemos conversar. No convívio do dia a dia fomos adquirindo, de Deus, a orientação necessária para o desenvolvimento do trabalho.

Sr. Rozolfo e Sra. ClariceOs contatos com os jovens drogados não pararam, pois continuavam procurando Ana Maria. E o Senhor ensinando como lidar com eles, mostrando o seu amor imenso por estas vidas e conscientizando-os que o mesmo sentimento devemos ter.

Clésius, o irmão de José Berto, foi uma vida muito dependente do vício e que muito viram sofrer nas drogas. Muitas vezes voltou às drogas, o que nos levou a aprender, do Senhor, a perseverança, a paciência, o amor e perdão. Mais adiante Clécius tenta o suicídio e o seu pedido : “Estou morrendo…Salva-me!”, leva o grupo a se envolver mais naquele trabalho.

Ao mesmo tempo, ficava claro a iminente saída da Igreja Presbiteriana do Brasil, para a organização de uma obra, onde poderiam desenvolver um trabalho mais específico ao que Deus vinha propondo. Quando saíram eram cerca de trinta, e começaram a reunir no mesmo local, no lar de Paulo e Ondina..

O Senhor uniu e fortaleceu aquele pequeno povo, levou-os a meditar seriamente na palavra preparando-os para descer ao vale em busca das vidas, para pouco tempo depois ser o berço da Obra de Recuperação, no Brasil. Ali começaram a participar e trabalhar na batalha com os jovens viciados.

ERA UM PEQUENO POVO EM MARCHA

ERA UM PEQUENO POVO EM MARCHA.
(Reunidos em frente a casa de Paulo e Ondina)

1968 / 1969 – TEMPO DE TRANSFORMAÇÕES

Ana Maria começou a programar “Noites da juventude” com a participação dos jovens de várias igrejas e um grupo jovem interdenominacional deveria ser separado e preparado para atuar na linha de frente durante os dias do III encontro.

Reunidos numa madrugada, o Senhor une, e os conscientiza da missão nascendo ali a encenação “AS BANDEIRAS”, onde vidas foram separadas para a música e os 36 jovens compromissados com o Senhor.

Temor e grande expectativa enchiam os corações, pois Deus os preparava com poder e visão missionária em direção às vidas em desespero.

            Tiveram a “Noite da Juventude”, e o Senhor deu a Ana Maria a palavra, “O SENHOR É A NOSSA BANDEIRA” e pela primeira vez viram Jesus como sua bandeira. E disse o Senhor que após a Palavra ele colocaria uma corrente de sangue, no altar, para purificação e que aqueles que viessem à frente e passassem por ela, deveriam ser convocados para uma reunião.

QUADRO DE UM EXÉRCITO EM MARCHA

Surge no coração de Ana Maria, dado pelo Senhor, o quadro que deveria ser pintado de vidas libertas com as mãos erguidas, com brilho no rosto e nas mãos levantadas a Bíblia como espada, a frente as correntes partidas e a Bandeira de sangue, viva, tremulando pelo poder do Espírito Santo, guiando e comandando as vidas libertas.

Surge um exército de jovens livres, libertos pelo poder de Deus em marcha seguindo o seu líder, o Cristo vivo, a Bandeira de liberdade, de paz e de amor, Bandeira viva, Bandeira de sangue, Jesus Cristo o nome sobre todo nome.

O Senhor mostra uma Bandeira que deveria ser usada pelo Exército Jovem. A Bandeira pintada em tecido vermelho, lembrando o sangue de Jesus deveria ter no alto uma cruz (Calvário – onde nosso Senhor Jesus morreu salvando e enviando-nos às vidas) com os raios (dourados) atingindo o mundo (cor marrom)  que seria usada no III ENCONTRO e até os dias de hoje.

 III ENCONTRO – EQUIPE JOVENS LIVRES

O TEMA seria: “Eu os envio ao mundo” um grupo usaria uniforme trazendo no peito a palavra “Livre”. Disse o Senhor – “CHEGA DE TANTO DIZER: ACEITAMOS OU NÃO O DESAFIO DO INIMIGO.“ “O DESAFIO É ACEITO QUANDO VIDAS SÃO ARRANCADAS.”

O local seria a Escola Técnica Federal de Goiás.

O Senhor levanta o E.J.E. – EXÉRCITO JOVEM EVANGÉLICO – conhecido por EQUIPE JOVENS LIVRES e usando uniforme cujas cores eram as mesmas da Bandeira. O Senhor uniu aqueles jovens em obediência, santidade, oração e profundo amor a Deus e às vidas em desespero e não apenas para o III Encontro mas para um ministério especial de três anos entre jovens e a igreja daqueles dias, cujo fruto permanece até os dias de hoje através do M.J.L. e em muitos lugares do Brasil, através de vidas no exterior.

O ano de 69 surge em meio as preparações para o III encontro. “EU VOS ENVIO AO MUNDO” (João 17:18) foi o tema do Encontro e o lema “O SENHOR É A NOSSA BANDEIRA” (Êx. 17:15).

O uniforme trazia na blusa e blusão a mensagem de liberdade em Cristo com a palavra  “LIVRE”. Tínhamos junto a Equipe os primeiros três jovens ex-drogados que já testemunhavam.

Finalmente chegaram os dias 15 a 18 de fevereiro de 69. O colégio estava todo tomado pelos jovens e por trás das cortinas, os “JOVENS LIVRES” prostrados aos pés do Rei Jesus.

Dava-se a abertura do III Encontro e pela primeira vez apresentavam-se os soldados Jovens Livres cantando a grandeza, o poder , a fé e o amor em Cristo.  Através da encenação “AS BANDEIRAS” foi apresentado as bandeiras agitadas pelo inimigo no meio da juventude: as drogas, o amor livre e o comunismo e o modo como envolviam as vidas em cenas reais, mas Bandeiras que cairiam ao ser apresentada a  “BANDEIRA VIVA” que surgiria em meio ao desespero das vidas apresentando a JESUS CRISTO A BANDEIRA VIVA, solução para o desespero existente.

Ao apresentarmos a cruz, o amor e o poder do Santo Espírito de Deus sobreveio grande quebrantamento e muitas e muitas vidas foram alcançadas. Aquele Encontro marcou as vidas e a história dos Jovens Livres.

JOVENS LIVRES – nome dado pelo Senhor e que Ele mesmo se encarrega de não deixar ficar morto.

O tempo que se seguiu foi árduo e maravilhoso. Testemunharam  e cantaram sua fé e seu amor em Cristo pelas ruas, becos e praças, por onde quer que fossem enviados. Anunciaram que Jesus é a solução também para o drogado – pregação inédita naqueles dias. Promoveram vários encontros para a Juventude Evangélica e foi o assoprar de uma esperança no meio da Igreja.

Estiveram testemunhando perante o Presidente da República no D.F., nas igrejas e Encontro de Goiânia e outros Estado do Brasil, assim como nos bares e prostíbulos, praias, becos e ruas pelas madrugadas. Músicas e poemas o Espírito de Deus passava às nossas mãos. Entre muitos os hinos, “Cristo é Líder” e “Eu tenho uma bandeira”.

“CRISTO É O LÍDER”

“EU TENHO UMA BANDEIRA”

Cristo é o Líder

Sim, Cristo é o Líder

Ele é o centro do nosso pensamento.

Nós O seguimos,

Nós O adoramos,

Por Ele daremos nossa vida.

Eu tenho uma Bandeira

Bandeira viva (3x)

Bandeira de sangue (3x)

Seu Nome é sobre todo nome (3x)

Jesus Cristo é o Seu nome (3x)

Bandeira de Paz e amor

Somos Jovens Cristocêntricos

Nossa vida tem como chefe o Cristo vivo

Bandeira de sangue

Bandeira viva

Jesus Cristo é a Bandeira (3x)

Eis o Líder adorai-O

Eis o Líder oh segui-O

Ele é a esperança

Que vós jovens precisais.

 
Eis o Líder adorai-O

Eis o Líder oh Segui-O

Eis o Líder

Que as gerações têm buscado

 

Os Jovens Livres foram usados para despertamento de vocações, salvação e libertação de vidas, e para um avivamento espiritual no meio do povo de Deus, e marcou o começo do ministério de recuperação no Brasil.

CONGREGAÇÃO PRESBITERIANA BOM PASTOR

Deus agia ao mesmo tempo entre drogados, entre os jovens evangélicos e na Igreja. Em 1969 a Igreja Presbiteriana Bom Pastor tomou forma e após o Encontro José Berto parte para o Instituto Bíblico Sendo o primeiro de muitos outros. Os contatos com os drogados tornaram-se escassos, pois a ênfase maior era com a Igreja e com a Equipe Jovens Livres.

O Senhor ordenou aos jovens que saíssem pelas ruas, becos e valados, a sorrir e a cantar, e levando a mensagem. Começou um novo trabalho em portas de bocas de fumo e lugares onde os jovens drogados ficavam e o Senhor agia com poder e graça. Mais tarde como que fechando um parênteses, o Senhor suspendeu este trabalho, para no tempo certo ser recomeçado.

Todos buscando as almas, evangelizando, estudando a Bíblia e sempre buscando o poder do alto.

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